segunda-feira, 27 de outubro de 2008

A Telespectadora-massa

Eu que passei os últimos meses fugindo do horário eleitoral me peguei ontem super empolgada com o segundo turno na TV. Péssima cidadã, não me importei com as eleições da minha cidade, mas quando foi de São Paulo e Rio de Janeiro...Talvez porque as eleições de São Paulo e do Rio de Janeiro tenham, digamos, glamour. Talvez por querer ficar antenada com a provável repercussão do resultado no pleito de 2010. Mas, certamente, por puder assistir uma cobertura eleitoral muito boa. Cobertura da Band, porque o que a Globo faz não é digno de tal denominação. Pra que o sr. do sofá de domingo a tarde precisa ver boas discussões políticas né, dona Globo. Parabéns Band. Agora, porque tão distintos senhores, que debatem de forma tão inteligente o resultado das eleições, são os mesmos que nos presenteiam com tantos vexames no Congresso Nacional?

Outra situação de ontem. Torci pelo Fernando Gabeira. Tipo, não tava nem aí e em plena apuração comecei a vibrar pelo Gabeira. Culpa da velha e manjada crença no Cavaleiro da Salvação. ISSO NÃO EXISTE, já cansei de dizer. Mas a trajetória do Gabeira, pelo menos a que eu conheço levemente, a quebra de preconceitos ou a nova forma de fazer campanha política que a vitória dele representaria e blablabla...isso encanta o telespectador-massa.

Lembram daquela história da homofobia na campanha da Marta Suplicy? Pois é, apuradas as urnas, esse fato foi apontado como erro de estratégia eleitoral, como catástrofe de marketing político, como um tiro no pé e como mancha na biografia da candidata derrotada. Não discordo, contudo ninguém lembrou da forma como, em seu direito de resposta, o Gilberto Kassab respondeu às insinuações: "A candidata Marta Suplicy atacou a honra ..." Pra mim, ela não atacou a honra de ninguém, simplesmente porque preferência sexual não honra ou desonra. Kassab também teve um discurso homofóbico.

Por fim, foi massa ser massa e ter plena consciência disso. Tudo bem que a exressão massa é absoleta e não retrata o telespectador de hoje, mas seu espectro andaporaí...

sábado, 25 de outubro de 2008

AGORA É OFICIAL


Corinthians é série A e agora pra ficar. Tremeis...


Um dos momentos mais deprimentes da história do esporte, e que eu tive o desprazer de assistir, ganhou um novo capítulo.

O Grande Prêmio da Áustria de Fórmula 1 de 2002 terminou em uma inesquecível salva de vaias para o então tetra campeão mundial Michael Schumacher e sua Ferrari. O motivo? Rubens Barrichello, segundo piloto da equipe, liderava a corrida, mas recebeu a ordem para deixar o companheiro Schumacher ultrapassá-lo, isso em um campeonato absolutamente controlado pelo alemão.

Seis anos e muita polêmica depois, eis que o jornalista Lemyr Martins lança o livro "Histórias, lendas, mistérios e loucuras da Fórmula 1"e traz a suposta conversa entre Barrichello e a equipe Ferrari nos instantes que antecederam a troca de posição entre os pilotos. Bom, leiam e tirem conclusões:
aqui e aqui. Verídica ou não, essa conversa é, no mínimo, insira uma palavra, pois estas me faltam.

fonte: Lance


Hoje não! hoje não...Hoje sim, hoje sim? por Cléber Machado





É por recordações como essa que prefiro a F1 atual.

PS¹: desdobramento da notícia acima no blog do capelli.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Os maiores clássicos do futebol mundial

A CNN, de Londres, enumerou os dez maiores clássicos do futebol mundial. Adivinhem qual o primeiro lugar?

CELTIC vs RANGERS

Nunca ouviram falar?
Confesso que fiquei surpresa com a pole dos times escoseses,
mas o que importa é o único clássico brasileiro que figurou na lista...Corinthians e Palmeiras.

Desculpaê bambinada, coloque-se no seu lugar.

Lista completa aqui.

ok, post destinado a algum são-paulino que um dia venha a passar por aqui,. Desculpa gente, mas não tenho o que postar.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

E enquanto isso na maior cidade do Brasil...


...a campanha eleitoral descamba para a homofobia. É, numa metrópole com 10 milhões de habitantes e inúmeros problemas sociais, a candadata do PT decide partir para insinuações acerca das preferências sexuais do candidato do DEM. Ser ou não ser Gay? Questão relevantíssima essa... Os marketeiros da campanha de Marta Suplicy foram, no mínimo, burros. Ora, apelar para a vida sexual do candidato adversário é desespero e demonstra falta de propostas. Na falta do que propor, o jeito é falar da sexualidade do outro, atiçar o preconceito, propagar a má-fé. Será que os eleitores vão aderir a essa ladainha? Vão preferir discutir a sexualidade do Kassab a debater questões que digam respeito ao bem da coletividade?

Se eu votasse em São Paulo a dona Marta não veria nunca o meu voto. Porque burrice de candidato até dá pra engolir, mas preconceito já é demais.

sábado, 11 de outubro de 2008

Sobre Dexter na Veja

http://veja.abril.com.br/151008/p_182.shtml

Matéria direta, apresenta o personagem bem, mas só um aviso aos senhores de Veja:
peraí, vocês falam de Dexter tomando como base os canais brasileiros? Fora de contexto isso, se Dexter mereceu as páginas de Veja é porque é um sucesso e se é um sucesso no Brasil não é por causa dos canais a cabo, mas sim devido aos downloads. Ao basear a matéria no início da segunda temprorada a revista não pôde explorar o personagem em sua plenitude.

ps: não vou pagar de analista de discurso, mas ler Veja com um pouquinho mais de atençao é assustador!! Como eles conseguem dizer tantas coisas em tão poucas linhas? Tenho medo!!

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Nós, Corinthianos

Tomei a liberdade de postar esse texto do Juca kfouri, porque ele é simplesmente maravilhoso.

NÓS, CORINTIANOS, somos os tais que temos um time em vez de o time nos ter, na frase imortal do saudoso jornalista José Roberto de Aquino.

Nós, corintianos, temos a mania de nos bastar, de ir ao estádio para nos curtir, às vezes mais mesmo até do que curtir o time.

Porque nem sempre o time é daqueles de se curtir.

Mas nós, não.

Seja qual for o nosso estado de espírito, nada como um estádio repleto de nós.

Temos uma incrível capacidade de lidar com a frustração, tanto que já jejuamos por 22 anos e, mesmo assim, em vez de emagrecer, engordamos.

E como!

Consolidamos nossa maioria em tempos de seca, tornamo-nos insuportavelmente ainda mais numerosos nos tempos de colheita e nos demos até ao luxo de provar que a Série B, de Brasil, pode ocupar o espaço antes dedicado à Série A, hoje de Argentina, mas, quando nela estávamos, então A de América, que é maior que o Brasil.

Como voltará a ser, aliás, em 2009, para sossego da TV, atrás da audiência perdida.

Só não podemos cair na armadilha da arrogância, coisa típica de quem come mortadela como se fosse caviar, característica dos emergentes, das minorias que, quando vêem doce, se lambuzam, da gente que se deslumbra com vitórias circunstanciais, que não têm a verdadeira dimensão do épico, do dramático, do visceral.

Porque a par dos méritos inegáveis de Mano Menezes, da contribuição de zagueiros como William e Chicão, dos golaços de André Santos, da devoção de Herrera, os adversários são tão fracos que não só perdem para si mesmos e derrapam sempre que podem se aproximar como não serviram para avaliar o poderio do nosso time.

André Santos, por exemplo, marca mal. Douglas e Morais, de belos toques, passes e lançamentos, precisam ser testados em momentos de decisão.

E assim por diante.

Nós, corintianos, alegre bando de loucos, não podemos nos iludir.

Sejamos humildes, reconheçamos nossos erros recentes como quando nos igualamos aos demais e fechamos os olhos diante de uma vitória fugaz, a de 2005, na contramão das nossas origens, sempre de ônibus, jamais de carrão.

Nós, corintianos, devemos manter os vínculos entre as arquibancadas e os gramados, sem permitir que aventureiros, venham de onde vierem, nos conduzam para armadilhas que são sinônimos de crise e de vergonha.

Londres, lembremos, nos deu um nome e já é mais que suficiente.

Lembremos, ainda, que estamos às portas de completar nosso primeiro centenário.

Somos os primeiros entre os grandes no Estado de São Paulo a fazer cem anos, porque, entre os grandes, não adianta tentar usurpar a hegemonia, ofender a realidade, somos os primeiros.

No Estado e nesta desvairada cidade, cujo maior defeito, como se sabe, é não se chamar Corinthians.

Nós, corintianos, portanto, podemos e até devemos festejar a conquista que se aproxima inexoravelmente.

Mas com os pés no chão e os olhos voltados para 2010, quando o mínimo que queremos, e podemos, é comemorar o bicampeonato mundial de clubes da Fifa.

fonte: blogdojuca.blog.uol.com.br/

terça-feira, 7 de outubro de 2008

A morte é misteriosa,
mas a forma como as pessoas lidam com ela é interesante.

Um corpo debaixo do chão e perto da mãe?
De onde vem essa sensação de se o corpo está perto a pessoa que morreu não está tão distante assim? Peculiaridades da raça humana e da nossa cultura ocidental.

Lápide, flores, visita no dia de Finados...
A pessoa não está tão distante.
Mas claro que não, porque quem morre não fica debaixo do chão, mas nas lembranças.
Estas estão sempre conosco.

Perto da minha mãe, é onde quero ficar,
porque são nossas mães quem cultivam o sentimento mais puro por nós.

ok, surtei.