Criou blog tem que blogar...Estava com vontade de...hmmmmm...não de escrever, mas de trocar idéias. Cmo fas? Joga no Google, oras! medo+poesia
medo, porque foi a palavra que guiou a minha segunda-feira; e poesia, porque sei lá, dizem que os poetas condensam o mondo nelas. Então lá vai duas indicações do Google para vocês, mas não me perguntem o que essas estrofes significam, porque sou bruta e não entendo dessas coisas.
O Medo
Carlos Drummond de Andrade,
in A Rosa do Povo
Em verdade temos medo.
Nascemos escuro.
As existências são poucas:
Carteiro, ditador, soldado.
Nosso destino, incompleto.
E fomos educados para o medo.
Cheiramos flores de medo.
Vestimos panos de medo.
De medo, vermelhos rios
vadeamos.
Somos apenas uns homens
e a natureza traiu-nos.
Há as árvores, as fábricas,
Doenças galopantes, fomes.
Refugiamo-nos no amor,
este célebre sentimento,
e o amor faltou: chovia,
ventava, fazia frio em São Paulo.
Fazia frio em São Paulo...
Nevava.
O medo, com sua capa,
nos dissimula e nos berça.
Fiquei com medo de ti,
meu companheiro moreno,
De nós, de vós: e de tudo.
Estou com medo da honra.
Assim nos criam burgueses,
Nosso caminho: traçado.
Por que morrer em conjunto?
E se todos nós vivêssemos?
Vem, harmonia do medo,
vem, ó terror das estradas,
susto na noite, receio
de águas poluídas. Muletas
do homem só. Ajudai-nos,
lentos poderes do láudano.
Até a canção medrosa
se parte, se transe e cala-se.
Faremos casas de medo,
duros tijolos de medo,
medrosos caules, repuxos,
ruas só de medo e calma.
E com asas de prudência,
com resplendores covardes,
atingiremos o cimo
de nossa cauta subida.
O medo, com sua física,
tanto produz: carcereiros,
edifícios, escritores,
este poema; outras vidas.
Tenhamos o maior pavor,
Os mais velhos compreendem.
O medo cristalizou-os.
Estátuas sábias, adeus.
Adeus: vamos para a frente,
recuando de olhos acesos.
Nossos filhos tão felizes...
Fiéis herdeiros do medo,
eles povoam a cidade.
Depois da cidade, o mundo.
Depois do mundo, as estrelas,
dançando o baile do medo.
Medo - Poesia 36
Autor(a): Escravorado Casto
Do que você está falando?
Do que você tem medo?
Da verdade ou mentira?
Da morte ou da vida?
Do prazer ou da dor?
De fogo ou do frio?
Do ódio ou do amor?
Eu não tenho medo de fracassar.
Muito menos de viver.
Não tenho medo de porra nenhuma.
Mas receio te perder...
Ou viver uma vida banal!
Quero tentar sempre.
Até um dia conseguir.
Sonhar com a morte do bravo herói,
Ferido no campo de batalha.
Prefiro assim...
Tenho uma donzela para defender.
Outra guerra por travar.
Mais uma batalha a vencer.
A espada afiada do samurai
Cicatrizes dos ferimentos espalhadas por todo o corpo.
E dolorosas queimaduras.
Revelam riquezas de uma vida.
Provocadas por batalha ou amor não correspondido.
Saradas pelo carinho de muitas mulheres.
A beleza da chama aquece e ilumina.
Também atrai e queima a carne
De quem se aproxima em demasia.
Então, dane-se tudo.
Que venha o fogo dos infernos.
Com todos os demônios aterrorizantes.
Ao gelo do coração solitário...
Mas se ainda duvidas de mim.
Então vá agora!
Volte com uma tocha.
Testa-me com fogo.
Purifica minh´alma...
Traz a navalha fria.
Coloca no meu pescoço.
Que eu provo meu valor.
Derramando sangue por teu amor